📘 قراءة كتاب O Retorno de Jesus أونلاين
Tanto o
Islã quanto o
Cristianismo
esperam o
retorno de
Jesus no fim
dos tempos,
e ambos es-
peram que
testes e trib-
ulações
ocorram na época. Muitos dos temas desses testes são
semelhantes, mas também são diferentes em detalhes e
definição. Ambas as religiões esperam que a nação de
crentes seja vitoriosa, mas os cristãos acreditam que se-
ja definida como os crentes no Evangelho do Novo
Testamento e em Cristo como ‘o Salvador’ e ‘a Encar-
nação’ de Deus, enquanto o muçulmano sabe que se
refere àqueles que acreditam no monoteísmo puro vin-
culado à submissão ao Único e Verdadeiro Deus.
O retorno de Jesus é precedido em ambas as
religiões por sinais, novamente semelhantes na de-
scrição geral, mas sutilmente diferentes nos detalhes.
Ambas as religiões ensinam que o retorno de Jesus será
precedido por uma grande e poderosa figura de fal-
sidade e tentação, chamada o Masih ad-Dajjal (O Falso
3
Messias) pelos muçulmanos e o Anticristo pelos cris-
tãos. Antes desse evento outros sinais que estão de
acordo incluem um aumento geral na imoralidade e
fornicação, assassinato e crimes, e ilegalidade generali-
zada, libertinagem e distanciamento da religião e
conhecimento verdadeiro. Acompanhando esses sinais
de mal-estar civil existirão guerras1
destrutivas e de-
sastres naturais que se sucederão. Os detalhes e
períodos, entretanto, são substancialmente diferentes,
mesmo dentro de crenças particulares. Como a crença
cristã vê a segunda vinda depende da interpretação
doutrinária adotada. Quatro opiniões são predominan-
tes: pré-milenismo histórico e dispensacionalista, pós-
milenismo preterista e amilenismo.2
O pré-milenismo3
tem dois ramos de
interpretação. Ambas postulam que Jesus virá e então,
após derrotar o Anticristo, governará a terra com os
‘eleitos’ por 1.000 anos antes das almas maléficas
serem ressuscitadas e Satanás ser libertado no
1 De destruição e assassinato mútuos.
2 As quatro opiniões estão representadas na maioria das diferentes
denominações do Cristianismo. Entretanto, pode-se dividir de for-
ma ampla a opinião pré-milenista no Dispensacionalismo Católico
versus Historicismo Protestante, e a opinião preterista no Pós-
milenismo Católico versus Amilenismo Protestante.
3 Os quatro diagramas foram tirados de
(http://www.blueletterbible.org/faq).
Anticristo ressuscitado4
. Elas diferem de forma
significativa com relação aos eventos que cercam a
segunda vinda.
Pré-milenismo Dispensacionalista
Embora ambas concordem que isso ocorrerá durante
o período de Tribulação de sete anos durante o reinado
do Anticristo, uma determina o retorno dos judeus para
Israel e a reconstrução do templo durante esse período
de sete anos, enquanto que a outra mantém que Jesus
restabelecerá Jerusalém como sua capital, reconstruindo
o templo durante seu reinado. A primeira determina
que os eleitos anteriores da Igreja sejam ressuscitados
4 O Falso Profeta é geralmente concebido como o Anticristo res-
suscitado, possuído ou influenciado por Satanás, mas nem sempre.
Outras interpretações o vêem como essencialmente independente,
nem possuído ou ressuscitado e nem o Anticristo.
5
antes da tribulação começar, e então escolhidos para
governar com Jesus, enquanto que os judeus virtuosos
serão ressuscitados junto com heróis que se mantiveram
firme contra o Anticristo e morreram no fim da tribu-
lação, anunciando seu reino de paz e fartura. A segun-
da mantém que o ‘arrebatamento’ de todos os eleitos,
no caso todos os santos mortos do Cristianismo e os
virtuosos do Judaísmo antes do advento de Cristo, ac-
ontecerá na segunda vinda de Jesus e dessa forma con-
stituirão, com sua descendência, os cidadãos
merecedores do governo do milênio. Quando Satanás
for finalmente libertado no Anticristo ressuscitado, uma
grande batalha ocorrerá com os seguidores de Satanás e
Satanás, o falso profeta, será derrotado e lançado no In-
ferno, anunciando o fim do mundo. Aqui, mais uma
vez, dois ramos diferem. O Histórico vê Gog e Magog
como nações que Satanás lidera em rebelião quando é
libertado, enquanto que o Dispensacionalista, embora
concorde que Satanás liderará um exército de nações
iludidas, não coloca Gog e Magog entre elas.5
5 Não é claro em qualquer caso como as ‘nações maléficas’ sobre-
viveram ao Milênio, se estão ou não constituídas de Gog e Magog.
6
Pré-milenismo Histórico
Após a derrota das forças do mal, as montanhas se
desintegrarão, a terra se tornará uma planície e o Jul-
gamento será instituído para as pessoas da terra. Os
verdadeiros crentes em Cristo serão recompensados
com o paraíso e a comunhão eterna com Deus e os de-
screntes e pecadores que não se arrependeram serão
consignados ao inferno e à separação eterna de Deus.
O Preterismo é o nome genérico para o ponto de
vista encontrado em ambas as opiniões que se opõem
ao pré-milenismo. Vê o retorno de Jesus como já tendo
acontecido na época da destruição do templo de
Jerusalém, pelo menos em termos de julgamento. Ou
seja, vêem as pessoas julgadas quando morrem. Dessa
forma, a terra em si é eterna, e o aperfeiçoamento de
nossa fé e a verdade sobre Deus é uma tarefa
interminável que nos foi determinada por Deus.6
Entre
6 THE PAROUSIA: A Careful Look At The New Testament
Doctrine Of The Lord’s Second Coming (A PARÚSIA: Um Olhar
Cuidadoso na Doutrina do Novo Testamento da Segunda Vinda do
Senhor, em tradução livre), de James Stuart Russell, (1878).
os preteristas parciais, o momento de perfeição é a se-
gunda vinda física de Jesus, que reinará para sempre
sobre aqueles que alcançaram salvação.
O pós-milenismo vê o reinado de 1.000 anos de
Jesus de uma forma mais figurativa do que literal, e
considera que ele já começou. Jesus é literalmente o rei
da terra agora, julgando o morto no momento de sua
morte, e a igreja cristã está em processo de aperfeiçoar
sua crença nele e a derrota de Satanás. Então Jesus re-
tornará para derrotar o Anticristo, anunciando o fim do
mundo e estabelecer a Igreja para governar com ele.
Pós-milenismo
O Amilenismo7
também vê o reinado de 1.000 anos
como figurativo e já estabelecido, mas como o pré-
milenismo, entende o Dia do Juízo como o dia de sepa-
rar os bons dos maus e consigná-los eternamente aos
seus respectivos destinos.
Esses pontos-de-vista com frequência se sobrepõem
então, não se tem certeza quando uma doutrina termina
e a outra começa. Nenhuma delas, entretanto, está em
conformidade com a visão islâmica do reino de Jesus e
seu papel na segunda vinda.
O Islã vê o retorno de Jesus como uma conclusão de
sua vida e missão, que ele deixou incompletos.8 Como
o verdadeiro Messias, apenas ele tem o poder que lhe
foi concedido por Deus de derrotar o falso Messias no
final dos tempos. Seu governo testemunhará a invasão
8 Não se refere à missão dada a ele por Deus até sua ascensão.
Como Jesus não morreu, e eventualmente deve morrer, sua vida
não acabou, nem foram executados os trabalhos que constituem o
complemento de sua vida. Em João 16:12, Jesus pode ter aludido a
isso quando disse: “Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas
não sois capazes de as compreender por agora,” logo antes de seu
retiro para Getsêmani.
9
de Gog e Magog, a quem nem ele será capaz de der-
rotar. Ao contrário, ele orará a Deus que então os
destruirá. O fim de Gog e Magog anunciará o começo
de um mundo hegemônico no qual todos serão crentes,
ou pelo menos submissos, ao seu reino como repre-
sentante de Deus. Ele governará pela Lei de Deus co-
mo ensinada por Muhammad (ou seja, Islã) (que a mis-
misericórdia e as bênçãos de Deus estejam sobre ele),
até morrer com uma idade de 70 ou 75 anos. Nesse
período haverá fartura para todos, e paz em todo o
mundo. Então, algum tempo depois dele morrer e ser
enterrado, todos os muçulmanos serão pegos por uma
brisa e levados para a vida futura. As pessoas remanes-
centes na terra serão descrentes, e apenas elas
testemunharão o capítulo final da terra.
Muitos desses eventos descritos no Islã ecoam o
conceito do Messias no final dos tempos concebido no
Judaísmo, embora eles acreditem que a Lei com a qual
ele reinará será a Lei de Moisés, ao invés da de Mu-
hammad, que Deus louve a ambos. O Islã e o Judaísmo
consideram a vinda do Messias como essencialmente
aglomeradora, reunindo crentes dos confins da terra.
Ambas vêem seu governo como o retorno aos funda-
mentos da fé e da Lei. Ambas vêem seu papel como de
um líder que lutará a guerra de Deus contra as forças do
mal, e que essa guerra será seguida de uma hegemonia
pacífica na qual a Lei de Deus prevalecerá em todo o
mundo.
Onde eles diferem é quem essa figura do final dos
tempos representa. Para os judeus, o Messias neces-
sariamente será um líder judeu que restabelece Israel e
o templo e todos os rituais em Jerusalém. Para os
muçulmanos, ele representa a vitória do Islã puro, sep-
arando hipócritas de verdadeiros crentes.
Todas as três visões do Messias no final dos tempos
têm algo em comum. Nos próximos quatro artigos, en-
tretanto, exporemos a descrição islâmica do futuro, que
é considerada como estando próxima. Essa visão é
muito clara e sujeita à pouca variação doutrinal, ao con-
trário das opiniões judaica e cristã. Depende de você
traçar os paralelos aparentes e rejeitar o que não reflete
a verdade.
Os cristãos acreditam que Jesus está vivo home, e
muitas de-
nomi-
nações
acreditam
que ele es-
teja ativo.
Também
acreditam
que ele já
foi ressus-
citado, e
que nunca morrerá novamente. A posição islâmica, en-
tretanto, é que ele nunca morreu e, portanto, continua
vivo. É dito no Alcorão que os judeus alegaram:
“Matamos Jesus, o filho de Maria, Mensageiro de
Deus.”
Entretanto, Deus nega, já que o versículo continua:
“Embora não sendo, na realidade, certo que o mata-
ram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simu-
lado. Porém, o fato é que não o mataram. Outrossim,
Deus fê-lo ascender até Ele.” (Alcorão 4:157-8)
Essa elevação é literalmente um movimento as-
cendente, ser fisicamente tirado da terra até os céus, as-
sim como ele será trazido de volta fisicamente nas asas
de anjos dos céus para a terra, quando retornar. Os
cristãos estimam que sua idade era de 31-33 anos na
época da ascensão, porque se considera que os evan-
gelhos sinóticos descrevem aproximadamente 1 ano de
sua vida. O Evangelho de João descreve de forma sig-
nificativa 3 anos de sua vida a partir do momento que
começou sua pregação, sobre os quais Lucas diz:
“Ora, Jesus, ao começar o seu ministério, tinha cerca
de trinta anos; sendo (como se cuidava) filho de José,
filho de Eli;...” (Lucas 3:23 e 4:1)
Eruditos muçulmanos concordam. Hasan Basri
disse: “Jesus tinha 34”, enquanto que Sa’eed bin Mus-
sayyib disse: “Ele tinha 33”, quando foi elevado aos
céus.9
“Nenhum dos adeptos do Livro deixará de acreditar
nele (Jesus), antes da sua morte, que, no Dia da Ressur-
reição, testemunhará contra eles.” (Alcorão 4:159-)
Deus, aqui, está falando sobre o ‘Povo do Livro’
acreditar em Jesus antes dele morrer bem depois dele
ter sido elevado aos céus. A implicação é de que ele
não está morto ainda. De fato, ele é mantido seguro por
Deus até que complete seu termo. Como Deus diz no
Alcorão:
“Deus recolhe as almas, no momento da morte e, dos
que não morreram, ainda (recolhe) durante o sono. Ele
retém aqueles cujas mortes têm decretadas e deixa em
liberdade outros, até um término prefixado.” (Alcorão
39:42)
E:
“Ele é Quem vos recolhe, durante o sono, e vos re-
anima durante o dia, bem sabendo o que fazeis, a fim
de que se cumpra o período prefixado; logo, a Ele será
o vosso retorno. Então, Ele vos inteirará de tudo quanto
houverdes feito.” (Alcorão 6:60)
‘O termo’ denota os dias de nossas vidas, já
conhecidos e confirmados por Deus. A palavra “ser
levado” é uma promessa feita por Deus a Jesus do que
9 Ibn Kathîr: Stories of the Prophets; The Story of Jesus, Elevation
or Crucifixion (Histórias dos Profetas, a História de Jesus, As-
censão ou Crucificação, em tradução livre), p 541.
Deus fará quando Seu mensageiro for ameaçado pela
descrença. O Alcorão nos informa que Ele disse a
Jesus:
“Ó Jesus, por certo que porei termo à tua estada na
terra; ascender-te-ei até Mim e salvar-te-ei dos incrédu-
los,...” (Alcorão 3:55)
Sendo assim, temos uma promessa de Deus cum-
prida quando salvou Jesus da crucificação, e outra que
será cumprida quando Ele retornar Jesus a terra e ele
completar sua vida aqui – uma promessa confirmada na
revelação dada à Maria na anunciação:
“Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Ver-
bo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria,
nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os
diletos de Deus. Falará aos homens ainda no berço,
bem como na maturidade10, e se contará entre os virtuo-
sos.” (Alcorão 3:45-46)
Semelhanças e diferenças sobre a segunda vinda de Jesus entre cristãos e muçulmanos. O Messias no fim dos tempos de acordo com o Judaísmo.
As profecias e portentos no Islã da descida de Jesus no Alcorão e nas narrações proféticas.
O contexto da segunda vinda de Jesus, os testes e tribulações que ocorrerão antes, o surgimento do Mahdi e o advento do Maseeh adDajjal o Falso Messias e o papel de Jesus em sua morte.
Depois do Falso Messias a anulação das falsas religiões do povo do livro, o estabelecimento da nação de Deus sob Jesus, e a invasão de Gog e Magog.
O fim de Gog e Magog, seguido de paz e fartura, um mundo sem guerra, a universalidade da Verdadeira Religião de Deus, e a morte de Jesus.
سنة النشر : 2012م / 1433هـ .
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